Big techs: o que são, como funcionam e importância
As big techs — como são chamadas as grandes empresas de tecnologia — têm se tornado figuras onipresentes e influentes no mundo empresarial e fora dele, moldando a maneira como nos comunicamos, consumimos informações, fazemos negócios e até mesmo como nos entretemos.
Com uma capacidade única de coletar e analisar dados, desenvolver inovações e fornecer serviços que tocam virtualmente todos os aspectos de nossas vidas, as big techs têm desafiado as fronteiras da influência corporativa e levantado questões críticas sobre privacidade, poder econômico, regulamentação governamental e responsabilidade social.
A pandemia também contribuiu para acelerar a digitalização deste setor e também foi um dos propulsores do avanço dessas empresas de sucesso. De acordo com o estudo Flavors of Fast, da empresa de tecnologia FIS, a receita de bigtechs cresceu 17% entre 2019 e 2020, enquanto a capitalização de mercado dessas empresas avançou 57% no período.
Neste texto, exploraremos o impacto das big techs na sociedade e no mundo dos negócios, bem como os desafios e oportunidades que elas representam em um mundo cada vez mais interconectado e digital.
Afinal, o que são big techs?
Por definição, o termo big tech é adotado para classificar companhias de grande porte, com base tecnológica que dominam o mercado e alcançam sucesso absoluto no segmento em que atuam.
Na maioria dos casos, essas empresas começaram como startups com soluções revolucionárias que serviram como chave para tornar o seu negócio escalável. Esse formato de empresa busca formas de transformar o dia a dia das pessoas por meio de serviços inovadores.
Tornar-se essencial é o sinônimo das big techs, portanto elas precisam aderir constantemente às novas tecnologias e serviços para se manterem relevantes no mercado. Por serem empresas facilitadoras do cotidiano, elas possuem um papel relevante na sociedade atual e sua participação na nossa rotina é tão comum que sequer percebemos que dependemos diretamente delas.
Como funcionam as big techs?
As big techs operam em uma ampla gama de setores e oferecem uma variedade de serviços, mas há alguns princípios-chave que ajudam a entender como essas empresas funcionam:
Coleta e análise de dados
As big techs são conhecidas por coletar grandes volumes de dados sobre seus usuários, seja por meio de pesquisas na web, interações em redes sociais, compras online, dispositivos conectados ou outras fontes. Esses dados são então processados e analisados para entender o comportamento do usuário, identificar tendências e oferecer recomendações personalizadas.
Modelos de negócios diversificados
Muitas big techs adotaram modelos de negócios diversificados, com várias fontes de receita. Isso pode incluir publicidade (como o modelo de negócios do Google e do Facebook), venda de dispositivos (como a Apple), serviços de assinatura (como o Amazon Prime e o Microsoft 365) e comércio eletrônico (como a Amazon). Essa diversificação ajuda a garantir estabilidade financeira e crescimento contínuo.
Inovação constante
As big techs investem pesadamente em pesquisa e desenvolvimento, buscando inovações em hardware, software e serviços. Elas buscam criar produtos e soluções que estejam na vanguarda da tecnologia, frequentemente moldando tendências e definindo novos padrões do setor.
Escalabilidade global
A capacidade de escalar globalmente é uma característica distintiva das big techs. Elas têm a infraestrutura e o alcance para disponibilizar seus produtos e serviços em escala mundial, o que lhes permite atingir bilhões de usuários em todo o planeta.
Vantagens e desvantagens das big techs
Entre as vantagens das big techs, podemos destacar, principalmente, o constante desenvolvimento de produtos, serviços e soluções que buscam melhorar a vida cotidiana e impulsionar o progresso tecnológico.
Afinal, as plataformas e serviços oferecidos por estas empresas muitas vezes tornam a vida mais conveniente: compras online, serviços de streaming, sistemas de busca, entretenimento... a lista continua.
As big techs também têm a capacidade de disponibilizar seus produtos e serviços em escala global, garantindo que pessoas em todo o mundo tenham acesso a tecnologia de ponta.
Além disso, elas criam mercados digitais que possibilitam que pequenas empresas e empreendedores alcancem um público global, ajudando a impulsionar o comércio eletrônico e a economia digital.
Desvantagens
Enquanto isso, quando pensamos em desvantagens, podemos citar o monopólio e poder de mercado desse tipo de empresa, visto que a posição dominante de algumas big techs em seus mercados pode limitar a concorrência. Isso pode levantar preocupações sobre abuso de poder e práticas anticoncorrenciais.
Esse tipo de poder também vem à tona quando pensamos na influência das big techs sobre a política e a disseminação de informações, podendo surgir preocupações sobre desinformação e manipulação de opinião pública.
Além disso, a privacidade de dados também é um ponto a se prestar atenção quando falamos de big techs. Afinal, essas empresas coletam grandes quantidades de dados dos usuários, levantando preocupações significativas sobre a privacidade e o uso indevido dessas informações.
As 5 maiores big techs do mundo (Big Five)
As "Big Five" ou "GAFAM" são um grupo de cinco das maiores e mais influentes empresas de tecnologia do mundo. Estas corporações gigantes, que incluem nomes como Amazon, Apple, Google, Meta e Microsoft, desempenham um papel fundamental na economia global e na evolução tecnológica. Tais empresas já controlam cerca de 80% do mercado.
Google (Alphabet)
Originalmente, essa empresa foi criada para dar suporte e administrar todos os serviços relacionados ao Google, que é o maior mecanismo de pesquisa do mundo. O Google é uma das empresas mais conhecidas e poderosas do mundo, especializada em pesquisa na web, publicidade online, serviços de nuvem, sistemas operacionais móveis e muitos outros produtos e serviços.
Essa Big Tech tem sido pioneira em mecanismos como o Chrome, Android, YouTube, Google Home e Google pix, fazendo com que em 2019 a sua participação no mercado global fosse de 92,19% e gerasse uma receita total de US$162 bilhões, e de US$34,3 bilhões como receita líquida.
Amazon
No nicho do comércio eletrônico, essa é a maior empresa do mundo, os seus produtos e serviços envolvem streaming, e-books, soluções de casa inteligente, um estúdio de cinema e televisão, fabricação de eletrônicos e muito mais.
A carteira grande de produtos e serviços permitiu que, em 2019, a empresa atingisse a receita total de US$281 bilhões, sendo também responsável por 33% do mercado global de computação em nuvem e 39% das vendas de e-commerce nos Estados Unidos.
META
Empresa fundada por Mark Zuckerberg, originalmente chamada de Facebook, nasceu de um projeto universitário e se tornou posteriormente uma startup que atualmente é considerada uma plataforma multibilionária. Hoje, o Facebook é apenas uma parte da Meta Platforms, empresa líder em mídia social e tecnologia de realidade virtual.
A sua expansão em outras tecnologias se deu por conta de algumas aquisições, como a compra do Instagram em março de 2012 por US$ 1 bilhão, WhatsApp em fevereiro de 2014 por US$ 19 bilhões, Óculos Go em março de 2014 por US$ 400 milhões.
Todas essas aquisições foram para aumentar o seu leque de serviços, através da obtenção de um sistema de realidade virtual, aperfeiçoamento do algoritmo e desenvolvimento de IA e machine learning foram um esforço positivo para a empresa garantir seu futuro.
Apple
Quando se trata de empresas de tecnologia, a Apple é líder em inovação e é a maior empresa de fornecimento de produtos e serviços com foco em produtos únicos.
Essa empresa foi fundada em 1979 por Steve Jobs e Steve Wozniak e possui serviços e produtos como Apple Music, iPhone, iPad, MacBook, Apple TV+ e o iCloud. A demanda pela Apple é tão grande que, em 2019, a empresa teve uma receita total de US$ 260 bilhões, sendo US$ 55,2 bilhões como receita líquida.
Microsoft
Apesar de ter sido fundada em 1975 por Bill Gates e Paul Allen, foi só em 1983 que ela se tornou uma das gigantes da tecnologia. Hoje, a Microsoft é uma empresa de software e serviços de tecnologia que oferece uma ampla gama de produtos, incluindo o sistema operacional Windows, o pacote Office, o serviço de computação em nuvem Azure e a rede social LinkedIn.
Em 2020, a Microsoft apresentou um faturamento total de US$143 bilhões em 2020, elevando a sua pontuação e conquistando a quarta posição no ranking entre as maiores empresas de tecnologia do mundo, ficando atrás somente da Apple, Amazon e Alphabet.
Como surgiram as big techs?
As big techs têm origens que remontam às décadas passadas, com alguns dos nomes mais proeminentes surgindo a partir da década de 1970. A Microsoft, por exemplo, teve sua fundação em 1975, enquanto a Apple surgiu em 1976. O Google, que posteriormente se tornou parte da Alphabet Inc. em 2015, teve seu nascimento no ano de 1998. Outra gigante, inicialmente conhecida como Facebook em 2004, evoluiu para Meta.
Uma das estratégias cruciais que essas empresas empregaram para consolidar sua presença no mercado foi a aquisição de empresas menores do mesmo setor. Essas aquisições permitiram que as big techs expandissem sua influência em diversos campos e rapidamente se tornassem líderes em suas respectivas áreas. Entre as empresas citadas, por exemplo, a Apple já estava envolvida em aquisições desde a década de 1980.
Embora empresas de tecnologia existissem por um longo tempo, o termo "big tech" ganhou maior destaque a partir de 2013 para descrever aquelas empresas com uma presença dominante no mercado internacional.
Importância das big techs na sociedade atual
As big techs influenciam diversas áreas em nossa sociedade. Em primeiro lugar, elas lideram o caminho na inovação tecnológica, impulsionando o desenvolvimento de novos produtos e serviços que afetam diretamente a vida das pessoas. Seja no desenvolvimento de novos dispositivos, como smartphones e assistentes de voz, ou na criação de serviços de streaming de vídeo e música, essas empresas estão constantemente inovando e moldando o cenário tecnológico.
No contexto econômico, essas empresas impulsionam a economia digital. Elas facilitam o comércio eletrônico, o marketing online e a computação em nuvem, criando oportunidades de negócios e emprego em todo o mundo.
Além disso, plataformas de busca e redes sociais fornecem acesso a uma vasta quantidade de informações, capacitando as pessoas a buscar conhecimento, tomar decisões informadas e se manter atualizadas sobre eventos globais.
Na educação, essas empresas fornecem ferramentas e recursos educacionais online, permitindo a aprendizagem à distância e tornando o conhecimento mais acessível a um público global.
No setor de entretenimento e cultura, as big techs desempenham um papel importante na disseminação de música, filmes, vídeos e conteúdo criativo. Elas conectam artistas com públicos globais, oferecendo uma variedade de opções de entretenimento.
Além disso, as big techs conectam o mundo, permitindo que pessoas em diferentes partes do globo se comuniquem, compartilhem informações e acessem recursos de forma rápida e eficiente. Suas plataformas e serviços desempenham um papel fundamental na interconexão global.
Qual a diferença entre startups e big techs?
Startups e big techs são duas categorias distintas de empresas de tecnologia, diferindo em vários aspectos, incluindo tamanho, maturidade, modelo de negócios e alcance.
Startups são organizações recém-criadas, muitas vezes em estágios iniciais de desenvolvimento, caracterizadas por terem um número limitado de funcionários e recursos financeiros modestos. Elas geralmente buscam um crescimento rápido e estão em constante busca por investidores para financiar suas operações. Por outro lado, as big techs são empresas de tecnologia consolidadas, com uma história sólida de operações e presença global. Elas empregam milhares de pessoas e geram receitas substanciais.
As startups estão frequentemente em busca de modelos de negócios escaláveis e inovadores. Elas podem operar com prejuízo por um tempo, pois o foco principal está em conquistar mercado e atrair investidores. Em contraste, as big techs têm modelos de negócios diversificados, abrangendo publicidade, comércio eletrônico, serviços de nuvem, hardware, software e muito mais. Geralmente, essas empresas são lucrativas e financeiramente estáveis.
Quanto ao alcance e à escala, as startups geralmente têm um alcance limitado e operam em nível regional, nacional ou, na melhor das hipóteses, em escala global limitada. Em contrapartida, as big techs têm alcance global massivo, atendendo bilhões de usuários em todo o mundo com seus produtos e serviços.
Outra diferenciação entre startups e big techs são os recursos financeiros de cada tipo de empresa. Startups têm recursos financeiros limitados e muitas vezes dependem de investidores, como capital de risco, para financiar seu crescimento. As big techs, por outro lado, dispõem de recursos financeiros substanciais e frequentemente investem em pesquisa, desenvolvimento e aquisições para continuar expandindo suas operações.
Por fim, as regulamentações e o escrutínio regulatório são mais rigorosos para as big techs devido ao seu tamanho, influência e impacto global, enquanto as startups geralmente enfrentam menos regulamentação e escrutínio devido à sua menor visibilidade.
Big techs no Brasil
As big techs têm uma presença global que também se estende ao Brasil, desempenhando um papel de destaque no cenário tecnológico do país. Muitas dessas grandes empresas globais estabeleceram operações no Brasil durante o início dos anos 2000, em um período que coincidiu com a abertura econômica do país e um influxo significativo de investimentos estrangeiros diretos. Um exemplo notável é o Google, que inaugurou seu escritório no Brasil em 2005, seguido pelo Facebook, estabelecendo sua presença no país seis anos mais tarde.
Embora o Brasil possua suas próprias empresas de tecnologia que atuam há bastante tempo no mercado e oferecem uma gama diversificada de serviços, incluindo telefonia móvel, televisão, hospedagem e internet, estas ainda não alcançaram a mesma escala de inserção na economia global que as big techs que mencionamos anteriormente.
No cenário brasileiro, a regulamentação das atividades das empresas de tecnologia é tratada por meio de legislações específicas. Algumas dessas leis se concentram na proteção dos dados dos usuários, abordando questões relacionadas à privacidade e segurança digital. Duas leis importantes nesse contexto são o Marco Civil da Internet e a Lei Geral de Proteção de Dados Pessoais (LGPD).
Essas leis desempenham um papel crucial na definição de regras e diretrizes para a atuação das empresas de tecnologia no território nacional, visando garantir a segurança e privacidade dos usuários e estabelecendo mecanismos de conformidade e responsabilidade.
Big techs e assinatura eletrônica
Empresas como as big techs são conhecidas por sua busca constante por tecnologias que possam aprimorar seus processos e impulsionar a eficiência em seus negócios. Entre essas tecnologias está a assinatura eletrônica, que se destaca como uma solução valiosa no dia a dia das empresas.
Para empresas ágeis e inovadoras, a agilidade nos negócios é essencial — e a assinatura eletrônica permite que as empresas ajam rapidamente, acelerando a conclusão de acordos, contratos e transações.
Além disso, a maioria das big techs já utiliza uma variedade de ferramentas e plataformas tecnológicas em suas operações. Nesse contexto, a assinatura eletrônica pode ser facilmente integrada a essas soluções, tornando-se uma extensão natural de seus fluxos de trabalho.
De um ponto de vista de segurança, soluções de assinatura eletrônica, como as da Clicksign, oferecem níveis elevados de autenticidade e rastreabilidade. Isso garante que os documentos assinados eletronicamente sejam tão válidos e confiáveis quanto seus equivalentes em papel.
Ainda, a assinatura eletrônica é facilmente escalável, atendendo às necessidades de empresas em crescimento. Isso a torna uma escolha prática para as big techs, que muitas vezes experimentam rápido crescimento.
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